segunda-feira, 31 de março de 2008

Roteiro Alberto Sampaio dá a conhecer locais emblemáticos de Famalicão

A Casa da Boamense onde viveu e morreu o historiador Alberto Sampaio, o Mosteiro de Santa Maria de Landim, onde o historiador completou a instrução primária e a Casa Museu de Camilo Castelo Branco, por onde passava diversas vezes para visitar o seu amigo escritor, são alguns dos locais emblemáticos do concelho de Vila Nova de Famalicão que constam de um roteiro intitulado “Alberto Sampaio por Terras do Minho” e promovido no âmbito das Comemorações do Centenário da sua morte.

O roteiro inaugural realiza-se na tarde do próximo sábado, dia 5 de Abril, e contará com as presenças dos presidentes da Câmara de Vila Nova de Famalicão e Guimarães, Armindo Costa e António Magalhães respectivamente, dos responsáveis da Sociedade Martins Sarmento e do Museu Alberto Sampaio, entre outras figuras da cultura minhota. Esta primeira visita é destinada apenas aos convidados, tendo o início marcado para as 14h30, junto aos Paços do Concelho e a chegada prevista para as 17h30.

Posteriormente irão realizar-se mais oito roteiros, nos dias 9 de Abril, 7 de Maio, 4 de Junho e 1 de Outubro para o público escolar e nos dias 3 de Maio, 7 de Junho, 6 de Setembro e 11 de Outubro para o público em geral. Os interessados deverão efectuar a sua inscrição no Departamento de Educação e Cultura da Câmara Municipal, sito na Rua Direita em Famalicão, ou através do telefone 252 320 954.

As visitas são feitas de autocarro, com lugar para 50 pessoas e são acompanhadas por uma guia qualificada.

[Informação do Município de Vila Nova de Famalicão]

quarta-feira, 19 de março de 2008

Influência de Martins Sarmento na obra de Alberto Sampaio

Francisco Martins Sarmento e Alberto Sampaio

Alberto Sampaio referia-se a Francisco Martins Sarmento como o meu sábio amigo. Não faltam testemunhos da amizade que o uniu ao arqueólogo da Citânia de Briteiros, que se estreitou quando, já bacharel, Alberto Sampaio regressou a Guimarães e que se prolongou até à morte de Sarmento. No texto introdutório que escreveu para a edição de 1923 dos Estudos Histórico e Económicos de Alberto Sampaio, Luís de Magalhães descreve a génese da obra historiográfica do autor das Vilas do Norte de Portugal e a influência que nela exerceram os trabalhos de Martins Sarmento:

“A esse tempo, escavando as citânias, remexendo nas suas ruínas, Martins Sarmento, com o seu vasto saber, a sua extraordinária perspicácia, as suas subtis intuições, decifrava, à luz da moderna ciência, esses enigmas arqueológicos, espalhados tão profusamente na região de Entre Minho e Douro. As suas investigações, alumiadas pela clareza dos raciocínios, revelavam toda uma estratificação histórica desaparecida, um mundo extinto, uma civilização fossilizada que fora como a raiz profunda e obscura das actuais formas da nossa vida social e económica.

Amigo íntimo de Sarmento, vivendo, como ele, em Guimarães, Alberto Sampaio seguiu de perto e com apaixonado interesse os seus trabalhos, que tantos subsídios elucidativos ofereciam às questões históricas em que o seu espírito andava empenhado. E, sobre a base das descobertas do ilustre arqueólogo na parte relativa à proto-história e à etnografia, traçou, o seu primeiro livro, o magnífico estudo sobre A Propriedade e a Cultura no Minho, que, desde logo, o colocou na primeira linha dos nossos publicistas de economia rural. E tanto que Oliveira Martins, ao elaborar o seu projecto de lei de Fomento Rural (que, sendo, talvez, o maior atestado da sua vasta capacidade de estadista é, por outro lado, a prova da nossa inqualificável incúria legislativa, que o deixou dormindo o eterno sono do esquecimento na sepultura duma comissão parlamentar) recorreu à colaboração e ao conselho de Alberto Sampaio, cujo conhecimento, ao mesmo tempo teórico e prático, erudito e técnico, da agricultura no norte do país, lhe era um precioso auxílio para dar ao seu monumental trabalho aquela exequibilidade pronta e segura que deve ser o ideal de todas as criações legislativas.”

Um pouco mais adiante, no mesmo texto, Luís de Magalhães, também ele amigo e confidente de Sampaio, situa a sua obra deste modo:

“Entre a obra arqueológica de Martins Sarmento e a obra histórica de Herculano, a de Alberto Sampaio interpõe-se como um nexo, uma ligação que as conjuga, as une e lhes dá continuidade, fazendo desaparecer um grande hiato de treva, de incerteza e de ignorância.”

Texto também publicado aqui.

«Alberto Sampaio: a brincar é que a gente se entende»


O Museu de Alberto Sampaio, em colaboração com a Sociedade Martins Sarmento e as autarquias de Vila Nova de Famalicão e de Guimarães, celebram este ano as Comemorações do Centenário de Alberto Sampaio (1845-1908), ilustre historiador vimaranense escolhido, em 1928, para patrono deste Museu.

Entre as actividades preparadas pelo Serviço Educativo do Museu de Alberto Sampaio para esta efeméride, conta-se o lançamento de um caderno de exploração sobre a vida de Alberto Sampaio, intitulado “Alberto Sampaio: a brincar é que a gente se entende”.

De modo muito divertido e educativo traça-se o percurso de vida de Alberto Sampaio, convidando os jovens leitores a participar nessa descoberta. Através de pequenos textos informativos, conjugados com jogos de diversa índole, vai-se conhecendo a figura ímpar de Alberto Sampaio.

O lançamento desta publicação, destinada ao público infantil, teve lugar na manhã do dia 19 de Março .

A um conjunto de cerca de 80 crianças de uma escola vimaranense, o Colégio de Nossa Senhora da Conceição, frequentadora habitual do Museu, será apresentado o Teatrinho de marionetas – «Histórias do Tio Alberto» e oferecido o caderno de exploração «Alberto Sampaio: a brincar é que a gente se entende».

Às escolas que quiserem participar no Museu nas actividades de exploração da figura de Alberto Sampaio serão oferecidos exemplares do referido caderno de exploração, oferta esta que se encontra limitada ao stock existente.

As marcações podem ser feitas para o Serviço Educativo do Museu por e-mail (masampaio.se@ipmuseus.pt ou mas.geral@gmail.com) ou por telefone (253 423 916).

sexta-feira, 7 de março de 2008

Abertura da exposição "Os Frutos da Terra em Alberto Sampaio" na Escola EB 2,3 Júlio Brandão


Escola EB 2,3 Júlio Brandão, 4 de Março de 2008

segunda-feira, 3 de março de 2008

"Os Frutos da Terra em Alberto Sampaio" em itinerância pelas escolas de Famalicão

A exposição “Os frutos da terra em Alberto Sampaio” que esteve patente no Museu Bernardino Machado, vai amanhã, terça-feira, dia 4, iniciar a sua itinerância pelas escolas do concelho. Pelas 10h00, a mostra documental é inaugurada na Escola EB 2,3 Júlio Brandão, sita na Rua Padre António José Carvalho Guimarães, onde estará patente até dia 28 de Março.

Com esta itinerância, a Câmara Municipal de Famalicão pretende “levar a figura de Alberto Sampaio o mais próximo possível da comunidade escolar, aguçando-lhes a curiosidade pela nossa história e pelas nossas personalidades históricas”, como refere a propósito o presidente da autarquia, Armindo Costa.

Refira-se que a mostra dá a conhecer a atenção e o carinho que o historiador dedicava à agricultura e à vitivinicultura reunindo diplomas e medalhas de concursos, catálogos de viveiros nacionais e internacionais, livros especializados sobre os diversos assuntos agrícolas e cartas trocadas com os amigos.

A exposição transporta o visitante até à Quinta de Boamense, em Vila Nova de Famalicão onde Alberto Sampaio viveu durante bastante tempo e onde se dedicou à terra. Por uns momentos, o olhar repousa no verde dos campos, nos castanhos outonais das árvores do Sobreiral, nas cores vivas dos frutos e das flores que, aqui e além, pincelam esta tela campestre. Embalam-nos os sons da litania da água do rio Pelhe, a correr ao fundo da mata, as vozes dos homens na sua faina de sol a sol, misturadas com os trinados das aves e os sons da folhagem agitada pelo vento. Envolvem-nos os aromas fortes da terra mãe.

Vila Nova de Famalicão, 3 de Março de 2008

(Informação da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão)