ESTUDOS DE ECONOMIA RURAL DO MINHO
A terra, o clima, os homens e a administração pública
A estrutura geológica da província, que antigamente se chamava de Entre-Douro-e-Minho, pode designar-se como granítica e xistosa, apenas com umas pequenas manchas de terrenos terciários nos distritos do Porto e Viana. Em regra geral, os granitos ocupam a maior extensão, formando quase todo o centro, com algumas faixas xistosas mais ou menos largas a poente e norte, e a leste no vale do Tâmega. Além destas, encontram-se quase por toda a parte fitas estreitas ou manchas pouco extensas desta última formação atravessando ou misturando-se com os granitos. É assim que, segundo o quadro formulado por Sr. B. de Barros Gomes(1), dos quarenta e um concelhos que formam a zona “de Além-Douro litoral”, que compreende a região de que nos ocupámos, somente onze são considerados unicamente graníticos, tendo mais ou menos rochas xistosas os trinta restantes; e todavia talvez uma exploração minuciosa, como era de desejar, reduzisse ainda este número. Em todo o caso a maior extensão granítica é formada pelos concelhos de Guimarães, Fafe, Vieira, Povoa de Lanhoso, Amares e Terras de Bouro (distrito de Braga), Ponte da Barca, Arcos e Melgaço (distrito de Viana): no do Porto apenas dois e descontínuos, a sede e Marco de Canavezes; e só de xisto, apenas o de Valongo: em todos os outros as duas rochas misturam-se mais ou menos.
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(1) Cartas elementares de Portugal.
in Alberto Sampaio, "Estudos de economia rural do Minho. A terra, os homens e a administração.", Revista de Guimarães, n.º 2, 1885, p. 203-231.
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