Em 1869, integrou a filial de Guimarães da Associação Arqueológica de Lisboa.
Em 1873, ajudou a fundar, a Companhia dos Banhos de Vizela.
No início de 1881, integrou a comissão que a Câmara de Guimarães incumbiu da missão de avaliar as vantagens da introdução no concelho de vides americanas resistentes à filoxera.
A partir desse mesmo ano, deu uma contribuição fundamental para a fundação e instalação da Sociedade Martins Sarmento, à qual prestou serviços relevantes.
Em 1883, fez parte da comissão encarregada pela Câmara de seleccionar os produtos que seriam levados à exposição Agrícola de Lisboa, que se realizou em Maio desse ano.
Em 1884, organizou, com reconhecida eficácia, a Exposição Industrial de Guimarães, promovida pela Sociedade Martins Sarmento.
Para além das suas contribuições para a cidade onde nasceu e viveu a maior parte da sua vida, Alberto Sampaio também contribuiu para, pelo menos, um projecto de dimensão nacional, a proposta de Lei de Fomento Rural de Oliveira Martins, de 1887.
Alberto Sampaio esteve ainda ligado ao desenvolvimento do ensino em Guimarães, uma das principais preocupações da Sociedade Martins Sarmento, que nasceu como Promotora da Instrução Popular. Em 1883, integrava, com o Conde de Margaride e o Padre António José Ferreira Caldas, a Junta Escolar de Guimarães, a quem coube organizar o plano geral das escolas de instrução primária e respectiva distribuição pelas freguesias do concelho, em conformidade com uma lei de 2 de Maio de 1878. A Câmara Municipal, então presidida por António Coelho da Mota Prego, aprovaria este plano no dia 8 de Agosto de 1883, remetendo-o para o inspector distrital da instrução primária em 1 de Setembro seguinte. Porém, em vez de lhe ser dado andamento, o projecto “dormiu em Braga cerca de quatro anos, na inspecção distrital, no meio dos papéis inúteis e abandonados”, conforme se escreverá no Boletim da Sociedade Martins Sarmento de Maio de 1894.
Em 1897, o plano esquecido voltou novamente à Câmara. Por essa altura, tinha sido publicado um ofício do Governador Civil do Distrito de Braga que impedia a criação de novas “escolas elementares sem que haja sido aprovado o respectivo programa”, que suscitou uma proposta de António Mota Prego, onde, depois de concluir que, “a avaliar pelo que tem sucedido, determinadamente com o antigo plano elaborado pela Câmara em 1883, e perdido na inspecção de Braga sem seguimento até 1887, calculo que não poderemos gozar tão breve o melhoramento que as necessidades da instrução pública reclamam e a Câmara com tão boa vontade aprovou”, propõe a instalação, com carácter provisório, de uma “escola de ensino público, em que se professem a gramática portuguesa, rudimentos de corografia e história de Portugal, princípios elementares de aritmética, geometria e sistema métrico”.
A nova escola começou a funcionar no dia 1 de Outubro de 1887, numa sala alugada num edifício da rua de Gil Vicente e com mobiliário do Instituto Escolar da Sociedade Martins Sarmento.
No Boletim da Sociedade Martins Sarmento de Junho de 1894 encontrámos um elogio ao professor da Escola Primária Elementar, no qual transparecem as preocupações pedagógicas daqueles que, como Alberto Sampaio, lideraram o movimento que operou uma revolução na oferta escolar de Guimarães, desde o ensino das primeiras letras ao ensino técnico e liceal:
“Sem melindre de outros, por igual inteligentes e zelosos; folgámos em poder dizer, por observação repetida, que o professor da escola municipal tem honrado a confiança que a câmara nele depositou.
Não será difícil encontrar indivíduos, profundamente conhecedores das matérias que se compreendem no programa da cadeira que foi posta a seu cargo. Mas o que não é tão fácil de encontrar, é quem disponha assim de paciência, de benevolência de serenidade, de amor pelas crianças que lhe são confiadas.
Cada criança aprende mais depressa ou mais devagar, mais fácil ou mais dificilmente segundo a capacidade natural da sua inteligência. Do seu trabalho, do seu estudo depende muito, é certo, mas não depende tudo.
Pretender medi-las todas pela mesma craveira é sempre absurdo. Mas, por desgraça, é o que mais usualmente sucede.
E, não raras vezes, se ouve falar do triste espectáculo de um mestre, que procura iluminar brutalmente, à pancada, o cérebro dos seus alunos, que a natureza não fez tão vivo, tão perspicaz ou tão feliz.
Estes processos violentos surtem sempre mau efeito.
Não só essas barbaridades são improdutivas para o fim que se deseja, mas sucede ainda mais que a criança maltratada a cada passo não achando na sua organização, intelectual forças que a eximam a esta tortura de todos os dias, acaba por se desalentar, por se modificar e perverter no seu carácter ao mesmo passo que lhe fogem os últimos restos da viveza intelectual, e a saúde física se compromete e depaupera.”
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